sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Realismo em Portugal

Início: 1865
Marco inicial : questão Coimbrã
  • Era uma época em que liberais e representantes da velha monarquia deposta em 1820 tratavam várias lutas. 
  • Movimento de renovação, uma tentativa de levar Portugal à modernidade, trazendo ao país ideias filosóficas e científicas que estava em alta na Europa na época.
Características: 
  • Foco em questões sociais e na realidade como ela é;
  • Descrição de pessoas comuns, com problemas e limitações como todos seres humanos;
  • Foco na vida cotidiana e na denúncia de falsos valores trazendo uma moral que possivelmente, é mais eficaz do que a simples condenação de atitudes que exigia em movimentos anteriores, uma vez que mostra a origem e as consequências dos valores falidos da época.
Fonte: www.rachacuca.com.br



Eça de Queiroz (obras)
  • A cidade e as Serras
  • O crime do Padre Amaro
  • O Primo Basílio
  • Os Maias
  • O Mandarim
  • O mistério da estrada de Sintra 
Fonte: www.educação.globo.com.br
Fonte da imagem: www.escritoresanorte.com.br




terça-feira, 16 de agosto de 2016

Livros, poemas e filmes que serão cobrados para o vestibular UFGD 2017

I – Livros 

1. A Retirada da Laguna, de Visconde de Taunay (2016, Centenário da Retirada da Laguna);

2. Águas, de Manoel de Barros;

3. Cantos de Terra, de Emmanuel Marinho; 

4. O Fim do Homem Soviético, de Svetlana Alexievich (Prêmio Nobel de Literatura em 2015);

5. Refugiados - Em busca de um mundo sem fronteiras, de Ricardo Bown.

II – Poemas

1. “Navio Negreiro”, Castro Alves.

III – Filmes 

1. O Menino e o Mundo 
Gênero: Animação. 
Tempo de Duração: 1h25min. 
Ano de Lançamento: 2014. 
Direção: Alê Abreu. 

2. A Poeira: uma História do Pantanal 
Gênero: Ficção. 
Tempo de Duração: 14min. 
Ano de Lançamento: 2007. 
Direção: Augusto Proença e Hélio Godoy.

3. Em Nome da Lei
 Gênero: ação, drama, suspense. 
Tempo de Duração: 1h35min. 
Ano de Lançamento: 2016. 
Direção: Sérgio Rezende. 

Disponível em:  http://cs.ufgd.edu.br/download/Edital_obras_psv_2017_2018_2019.pdf 

G. , L.




Cinco minutos



 Título:Cinco Minutos
Autor: José de Alencar
Ano de publicação: 1856
Gênero: Romance

          
       O livro publicado em 1856, de José de Alencar, narra a história que ele diz contar para sua prima. Diz o autor não ser uma história de amor, mas, por conta de um atraso de cinco minutos sua vida é mudada, pois ele não gosta de ser pontual, e graças a sua impontualidade, conhece Carlota o amor de sua vida, uma jovem de 16 anos. Dentro de um ônibus ela não revela sua pessoa, mas por seus doces toques e sua pele macia , o homem percebe que é uma bela moça, a mais linda de todas as mulheres.
            Passam-se 15 dias e o cavalheiro em pleno sofrimento, ainda está a procura de sua amada no mesmo lugar do incidente onde a conheceu, por volta das 19:00 horas, mas a moça não havia deixado nenhum sinal. Há um baile onde ele vai a expectativa de reencontrá-la, pois há poucos dias ele havia encontrado uma velha com a mesma voz doce e suave de sua esperada donzela, dizendo-lhe também as mesmas palavras de quando se conheceram ‘’non ti scordar di me’’. Por algum sinal, no baile ele descobre que a velha era mãe de seu amor, ele a seguiu e reencontrou quem esperava, ela estava lá, com o mesmo véu tampando seu belo e misterioso rosto. A moça nunca havia de revelar-se, sempre pedindo para ser esquecida, assim, viajando para longe de seu alcance.
            O homem vai para seu lugar de moradia onde passa seus dias cavalgando para tentar esquecê-la depois de ter recebido uma dolorosa carta, mas seu filho lhe entrega uma outra carta recebida a alguns dias fazendo com que suas esperanças se renovem e ele busque pela sua felicidade ao lado da jovem. O amor o dá forças para ir em busca de ‘’sua amiga’’, ele descobre onde ela está morando e a reencontra. Ela pede uma prova de seu amor e aceita ficar com ele, mas some novamente. A moça deixa-lhe uma carta contando sua história de vida, seu sofrimento desde a infância, e seus medos, e contando de uma doença que pode ser incurável, mas ainda não desiste de ficar com ele pedindo para ele ir atrás dela. Ele aceita seu pedido e vai atrás dela, enfrentando desafios inacreditáveis, atravessando o mar, correndo milhas, em uma angústia inacabável.
            O cavalheiro consegue chegar ao Rio de Janeiro, mas quando vê ela já está partindo de navio para a Europa, eles se olham despedindo tristemente. Ele não pode deixar sua amada então, logo no próximo navio, o homem parte em seguida atrás. Chega na Europa a encontra provando seu profundo e verdadeiro amor. Os dois se casam, Carlota se cura de sua doença de amor e graças a esperança, os dois viajam e desfrutam de suas fantasias amorosas. José de Alencar e Carlota terminam o livro escrevendo suas cartas um para o outro, para enviarem e lerem futuramente, contando assim a história para sua prima. Para ele, a pontualidade é uma excelente virtude para a máquina, mas um grave defeito para o homem.
            O livro relata um fantasioso e clássico romance da geração romântica em que os autores sonham com suas amadas e tudo torna-se uma linda fantasia. É um livro recomendado para pessoas com baixa auto estima , pois apesar de todo o fantasioso amor, se passa uma bela mensagem em que a esperança é um ponto para colocarmos à frente em nossas vidas e jamais desistir de ser feliz. A parte em que mais gostei foi o final, pois gera uma certa dúvida de como o livro acaba, fazendo assim com que nós leitores criamos o nosso final!
           
  Fonte da imagem : www.mundodamarina.com.br

L.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

O Crime do Padre Amaro


Título: O Crime do Padre Amaro
Autor: Eça de Queirós
Ano de Publicação: 1875
Gênero: Romance

Resenha

   Amaro é um jovem padre que é designado para a paróquia de uma cidade chamada Leiria, após a morte do antigo padre.    Este se torna hóspede de Senhora Joaneira, mãe de Amélia, uma jovem que está noiva de João Eduardo.
Todas as noites acontecia encontros entre beatos e o clero, marcados por jantares, conversas e discussões sobre a fé. E durante esses encontros, Amaro e Amélia flertavam um com o outro, trocando olhares. Obviamente, isso despertava ciúmes no noivo da bela moça.
        Quase na metade do livro, fatos sobre o passado de Amaro e os motivos que o levarem a escolher ser padre, são revelados ao leitor. Amaro vivia com sua tia, e por obediência, ingressou no seminário aos quinze anos, mesmo que fosse contra sua vontade. Sendo assim, Amaro era sacerdote por profissão, e não por vocação.
Mesmo com toda sua paixão pela moça, Amaro continuou com seus compromissos e a realizar suas missas, mas apenas por costume. Ele queria mesmo era estar com uma mulher, com Amélia; inclusive, chegava a associar a imagem de Nossa Senhora com a de uma, e sentia desejo por ela.
Certa vez, no sítio da família de Amélia, Amaro beijou o pescoço da jovem, e esta, por sua vez, saiu correndo. O padre, com medo de ter mais intimidade e acabar sendo descoberto, mudou de casa.
João Eduardo ficava cada vez mais bravo com o padre, sentindo mais ciúmes conforme Amélia recebia visitas dele. Até que certa vez ele decidiu escrever comunicados criticando os padres e citando que Amaro estava se envolvendo com uma "donzela inexperiente". Isso causou para João Eduardo inúmeros problemas, como perder o emprego e a noiva.
        Mais tarde, Amaro volta a frequentar as reuniões na casa de Joaneira. E agora, ele tem mais liberdade, sem a presença de João Eduardo. Até que certa noite, voltando da casa do cônego, Amaro e Amélia tem sua primeira relação na casa do padre.
        O casal passa a se encontrar escondido no sineiro, seguindo o conselho de uma criada. Os dois desenvolveram inúmeras mentiras, na tentativa de que ninguém descobrisse sobre os seus segredos. Até que Amélia fica grávida e, sem saídas, ela é mandada para viver no interior com uma senhora doente, até o momento do parto. Então, quando a criança nasce, Amaro entrega o filho para uma família, que por acaso é famosa por matar crianças que lhe são entregues. E sem suportar a ausência de seu filho, Amélia acaba falecendo.
        Desesperado com os acontecimentos, Amaro deixa a cidade. E algum tempo depois, ao se encontrar com o cônego, este afirma que tudo passa e continua sua vida. 
        Eu acredito que a obra poderia ter sido mais bem trabalhada. Ela tem um ritmo lento e parece que nunca sai do mesmo lugar. O autor se prendeu muito em detalhar tudo, e isso acabou atrasando os acontecimentos.
        Eu esperava que houvesse mais dúvidas no Amaro, esperava que ele vivesse conflitos internos, se perguntando o que valia mais: a sua honra ou uma garota comprometida.
        Não achei os personagens realmente interessantes. O final era previsível, não poderia haver um final feliz e o romance deles também não merecia essa honra.

Fonte da imagem: www.luso-livros.net.com.br

B.